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Arábica sobe e Conilon baixa: safra do café será acima de 55 milhões de sacas em 2023

A produção brasileira de café para o ano de 2023 está projetada para alcançar um expressivo crescimento de 8,2%, totalizando 55,1 milhões de sacas beneficiadas, conforme apontado pelo 4º Levantamento da Safra de Café 2023 divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Este aumento é impulsionado pela recuperação da produtividade, que registra um acréscimo de 6,3%, atingindo 29,4 sacas colhidas por hectare. A área em produção também experimentou um incremento de 1,8%, atingindo 1,87 milhão de hectares, enquanto a área em formação teve uma diminuição de 9,5%, estimada em 361,6 mil hectares.

O volume colhido, o terceiro maior da série histórica, é notável, especialmente considerando o contexto de bienalidade negativa que impactou o desempenho da safra anterior devido a condições climáticas adversas. A comparação com o ciclo de 2021, outro ano de bienalidade negativa, revela um aumento significativo de 15,4%.

O êxito na produção reflete a robustez da recuperação das lavouras de café arábica, responsáveis por 70,7% do volume total produzido no país. Com uma colheita de 38,9 milhões de sacas, um crescimento de 18,9% em relação à safra anterior, o arábica também apresenta um aumento de 2,3% na área em produção e um ganho estimado de 16,2% na produtividade. As condições climáticas mais favoráveis em comparação com as últimas safras contribuíram para esse desempenho positivo.

Minas Gerais, principal estado produtor de café, projeta colher cerca de 29 milhões de sacas, marcando um aumento notável de 32,1% em relação à safra anterior. Mesmo enfrentando os efeitos da bienalidade negativa, as lavouras apresentam um crescimento de 24,2% na produtividade. São Paulo e Paraná também registram incrementos consideráveis na produção de arábica, enquanto na Bahia, a bienalidade negativa influencia uma queda de 12,8%.

Em contrapartida, a produção de café conilon está estimada para sofrer uma queda de 11,2% em relação à safra passada, totalizando 16,17 milhões de sacas. Essa redução é atribuída principalmente à menor produtividade observada no Espírito Santo, o principal estado produtor de conilon, afetando parte das lavouras, especialmente nas fases iniciais do ciclo.

No cenário internacional, apesar de uma redução nas exportações brasileiras de café no acumulado de janeiro a novembro de 2023, devido à restrição de estoques no início do ano, a oferta interna e as vendas ao mercado externo se recuperaram após a colheita. A expectativa é que a exportação de café se aproxime do volume total embarcado em 2022. Apesar da queda nas receitas de exportação, os preços internacionais permanecem sustentados, impulsionados pelo cenário de restrição dos estoques na safra atual e aumento do consumo global do produto, previsto em 170,2 milhões de sacas.

Luis Ronaldo Soares

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