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Café vira moeda de troca na negociação de máquinas agrícolas

Durante a recente 9ª edição da Feira do Cerrado, em Monte Carmelo (MG), uma prática peculiar chamou a atenção: o uso do café como moeda de troca na negociação de máquinas agrícolas. Esse modelo de negócio foi adotado pelos produtores de café como uma estratégia para fechar a aquisição de equipamentos de maneira mais segura e estável.

De acordo com a Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), responsável pela organização do evento, a preferência dos cafeicultores por esse tipo de transação foi notável. Em comparação com edições anteriores, a utilização do café como forma de pagamento superou as expectativas, demonstrando uma crescente confiança dos produtores nesse modelo de negócio.

O superintendente de Desenvolvimento do Cooperado da Cooxupé, José Eduardo Santos Júnior, explicou que os cafeicultores enxergaram nessa modalidade de troca uma maneira de garantir mais estabilidade em suas negociações. Em um cenário de oscilações nos preços do café, tanto arábica quanto conilon, causadas por fatores como variações nas bolsas de Nova York e Londres e as condições climáticas no Brasil e em outros países produtores, essa estratégia oferece uma forma de “travar” os custos com insumos e maquinários.

A volatilidade dos preços do café tem sido uma preocupação constante para os produtores, e a possibilidade de utilizar o próprio café como forma de pagamento proporciona uma certa previsibilidade financeira em um mercado instável. Além disso, as recentes quedas nos preços do café arábica, combinadas com a escassez provocada pelas quebras de safra do Vietnã, maior produtor de conilon, têm influenciado a tomada de decisão dos cafeicultores.

Ao optar por negociar máquinas agrícolas em troca de café, os produtores buscam minimizar os riscos financeiros e aproveitar as oportunidades que surgem em um contexto econômico desafiador. Durante a Feira do Cerrado, que atraiu aproximadamente 4,5 mil produtores de café e visitantes, mais de quatro mil orçamentos foram solicitados, indicando um interesse significativo nesse modelo de negócio.

Luis Ronaldo Soares

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