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Pesquisa registra clima de deserto pela 1ª vez: Brasil tem clima árido no nordeste

Um estudo conduzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) revelou, pela primeira vez, a presença de características climáticas áridas em uma região do norte da Bahia. Esta descoberta representa uma significativa mudança nas condições climáticas do país.

A aridez, um fenômeno resultante do déficit hídrico causado pela insuficiência da precipitação média em relação à evapotranspiração potencial, foi identificada através de um índice calculado com base na razão entre a precipitação e a demanda de evaporação atmosférica. Este índice menor que 1 indica que a demanda atmosférica é maior que a precipitação, caracterizando climas mais secos, como na Caatinga.

O estudo também apontou um aumento na área de clima semiárido no país. Essa constatação tem implicações significativas para atividades agropecuárias a longo prazo, já que áreas com delimitação hídrica de aridez ou semi-aridez afetam negativamente as condições de lavouras e pastagens. Além do desafio do déficit hídrico, essas regiões são propensas a focos de incêndio, podendo até mesmo se transformar em desertos com práticas não sustentáveis de uso do solo.

O mapa apresentado no estudo destaca áreas em tom verde claro/limão nas principais regiões produtoras do Brasil, como o Centro-Oeste, Sudeste e Matopiba, indicando uma tendência de déficit hídrico. Este alerta quanto ao potencial produtivo nas próximas décadas, sugerindo uma possível relocalização das áreas produtoras para regiões Norte e Sul devido à disponibilidade hídrica.

O estudo ressalta que a mudança climática no Brasil já é uma realidade, e a necessidade de adotar práticas sustentáveis torna-se crucial para mitigar os impactos gerados por essa anomalia climática. O setor agropecuário, ao adotar práticas sustentáveis, desempenha um papel fundamental não apenas ao garantir a segurança alimentar e impulsionar a economia, mas também ao equilibrar essa produção com o meio ambiente, servindo como exemplo para outros setores mais poluentes vinculados à queima de combustíveis fósseis.

Luis Ronaldo Soares

Sou apaixonado por televisão, jornalismo e notícias de diversas áreas. Desde criança, a televisão sempre foi minha janela para o mundo, e meu interesse em jornalismo cresceu à medida que percebi seu poder de informar e inspirar. Adoro acompanhar notícias sobre política, ciência, cultura e eventos globais, mantendo-me sempre atualizado. Minha curiosidade insaciável me leva a explorar diferentes perspectivas e aprofundar meu entendimento sobre o mundo ao meu redor.

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